A
visita ao maior Santuário do Brasil, a Basílica Nacional de Nossa Senhora
Aparecida, foi realizada no dia 25 de Abril de 2013. A vista teve duração de 2
horas e meia aproximadamente, onde fomos recepcionados pela Monitora Local
Zenilda Cunha, que nos explicou todos os detalhes envolvidos na arquitetura do
Santuário. Visitamos o Museu de Nossa Senhora Aparecida, o Mirante, a Sala das
Promessas, a Casa do Pão e a Basílica. O Museu de Nossa Senhora Aparecida e o
Mirante estão localizados na Torre da Basílica. O Museu possui um grande acervo
histórico e devocional mostrando toda a história de Nossa Senhora Aparecida e
do Santuário. Muitas peças em exposição no Museu chamaram a minha atenção, como
a Corrente de Ferro atribuída como testemunha do Milagre Zacarias, a pedra da
Basílica Velha com a marca da ferradura atribuída ao episódio do Cavaleiro
Ateu, a imagem de Nossa Senhora Da Conceição Aparecida feita em madeira
entalhada e policromada no século XVIII; o Manto de Nossa Senhora feito em
tecido bordado com aplicações de fios metalizados e pedras usadas na coroação
da imagem no ano de 1904; a Almofada feita em tecido bordado com aplicação de
fios metálicos e pedras do século XIX que acompanhou a Coroa doada pela
Princesa Isabel no ano de 1868, as cinco coroas finalistas do concurso nacional
da elaboração de uma nova coroa para a Imagem de Nossa Senhora Aparecida em
comemoração ao Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida e o modelo
vencedor foi eleito por um Júri Institucional que considerou também a votação
do Júri Popular. A coroa vencedora é feita em prata dourada e pedras, o projeto
foi elaborado pelos designers Lena Garrido e pela equipe de Debora Camisasca da
cidade de Belo Horizonte/MG. Mas o que mais me impressionou no Museu de Nossa
Senhora Aparecida, foi a Domus Áurea, a Casa do Ouro, onde estão as duas Rosas
de Ouro, presente dos Papas Paulo VI em 1967 e do Papa Bento XVI em 2007, além
de muitas joias ofertadas pelos romeiros. Esta em exposição também na Casa do
Ouro o Ostensório, utilizado na novena das 18h00, feito em ouro, prata, rubis,
esmeraldas e foi doada ao Museu pelos Padres Redentoristas da Alemanha e já tem
mais de cem anos e a Imagem de Nossa Senhora Aparecida em ouro polido, doada em
2005 que pesa aproximadamente 2 quilos 550 gramas. Já o Mirante fica no 18º andar da Torre
Basílica e proporciona uma vista panorâmica da Cidade de Aparecida e Região. O
Mirante foi reformado em outubro de 2008, quando houve melhorias no local,
contando com a instalação de ar condicionado e painéis pintados em aquarela
pelo pintor George Rembrandt Gutlich, nascido em São José dos Campos. Esses
painéis mostram em uma linha do tempo a história da Cidade de Aparecida e um
panorama do crescimento do maior Santuário Mariano do Mundo.
A
Sala das Promessas e a Casa do Pão estão localizadas no subsolo da Basílica. É
na Sala das Promessas, onde todos podem ver o quanto Nossa Senhora Aparecida
age em favor de seus filhos. A Sala das Promessas é o local mais visitado do
Santuário. No local encontramos milhares fotos, objetos e depoimentos de
pessoas que receberam graças da Mãe Aparecida. E na Casa do Pão, os devotos
podem se deliciar com pães, lanches, salgados, doces, biscoitos, bolos e o mais
famoso produto que é o Pão de Nossa Senhora. A Casa do Pão é também um projeto
social do Santuário Nacional, pois profissionaliza jovens e adolescentes no
ramo de panificação e confeitaria industrial.
O
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, possui uma completa
infraestrutura para proporcionar bem-estar, segurança e conforto aos devotos
que visitam a Casa de Nossa Senhora Aparecida, com sala para descanso para os
motoristas dos ônibus, sala de imprensa, sanitários, bebedouros, posto médico,
segurança 24 horas, estacionamento com 5 mil vagas numa área de 400 mil metros
quadrados, sendo 3 mil vagas para automóveis e 2 mil vagas para ônibus. O
estacionamento do Santuário Nacional é considerado o maior estacionamento
aberto da América Latina. Além de toda
essa infraestrutura, a Basílica também possui aproximadamente 1330 funcionários
para atender a todos os peregrinos.
A
construção do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, iniciou em 11 de
Novembro de 1955. A primeira ala a ser construída foi a Nave Norte e seguiu
para a construção da Torre Brasílica, que teve sua estrutura metálica doada
pelo então presidente, Juscelino Kubitschek. Terminada a torre, as obras
seguiram para a cúpula central, depois, já em meados de 1972, para a Capela das
Velas e para a Nave Sul, passando depois para as Naves Oeste e Leste, e as alas
intermediárias, finalmente. Na
construção do Santuário, foram usados 25 milhões de tijolos aproximadamente e
257 mil telhas azuis.
Toda
arquitetura da Basílica tem um significado baseado na liturgia, na tradição
católica e no simbolismo religioso. O idealizador do Santuário de Nossa Senhora
Aparecida foi Dom José Gaspar d’Afonseca e Silva que era Arcebispo de São
Paulo. Em algumas das visitas dele de pastoral na cidade de Guaratinguetá e
Aparecida, que já era emancipada em 1939, Dom José Gaspar d’Afonseca e Silva
prometeu ao povo e aos padres redentoristas, o auxilio na construção de uma
nova Basílica, já que a Matriz Basílica, que é a antiga Basílica, não mais
comportava o crescimento dos fiéis à Virgem de Aparecida. Então, foi Dom José
Gaspar d’Afonseca e Silva que imaginou e que foi a procura de terrenos para a
construção da Nova Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Foi pensado em vários
locais para a construção da Nova Basílica como o Morro do Cruzeiro, que de
acordo com os Arquitetos e Engenheiros não suportaria o peso da construção, e
pensou-se também em outros locais para a construção, até decidirem pelo local
onde a Basílica é construída atualmente que é o Morro das Pitas. Só que em
Agosto de 1943, Dom José Gaspar d’Afonseca e Silva, faleceu em um acidente de
avião em Guanabara, no Rio de Janeiro e durante 1 ano e alguns meses a
construção da Nova Basílica ficou parada, esperando quem iria assumir essas
obras. Foi então, que outro Arcebispo da Cidade de São Paulo Dom Carlos Carmelo
de Vasconcelos Motta, assume como seu a construção do Santuário de Nossa
Senhora Aparecida. Dom José Gaspar d’Afonseca, que sonhou com a construção da
Nova Basílica e falou que queria um local onde os devotos, além de rezar,
tivessem um local de acolhimento para a família e entretenimento, ele já
pensava em algo grandioso, além da sua época e o Cardeal Carmelo de Vasconcelos
Motta abraçou a causa dando início à construção do Santuário. Em 1980, toda
estrutura já estava pronta para a visita do Papa João Paulo II, e de 1980 em
diante, ficou apenas o acabamento para terminar a construção.
Em
1997, o Arcebispo de Aparecida do Norte (SP), Dom Aloísio Lorscheider convidou
o artista plástico Claudio Pastro para, com outros 20 arquitetos, fazer um
estudo artístico para o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A partir
do ano 2000 ele foi escolhido como responsável pelo acabamento de toda a parte
iconográfica interna da Basílica. Graças ao seu trabalho, o Santuário está se
tornando um dos locais de peregrinação mais belos do país. Para a visita do
Papa os trabalhos foram acelerados e novas obras de Claudio Pastro podem ser
vistas no local. Para entender o trabalho de Claudio Pastro, primeiro é preciso
saber que a Basílica é em estilo Neo-Romântico, que era o pensamento do início
do século XX. Claudio Pastro ficou responsável pelo acabamento desde o piso até
o teto do Santuário. O projeto arquitetônico da Basílica de Benedito Calixto de
Jesus Neto estava pronto, mas não se tinha nenhuma ideia para o projeto do
interior do Santuário. O projeto de Claudio Pastro foi criar o grande jardim
Cântico dos Cânticos que é uma imagem do paraíso perdido e agora reencontrado
ou aberto em Jesus Cristo, através de Jesus Cristo. O estilo Neo-Romântico, é
um estilo arquitetonicamente próprio da liturgia católica. Na realidade a
arquitetura é a imagem da Jerusalém celeste. E é o estilo que permite ao Senhor
se manifestar, por exemplo, por uma certa austeridade, uma certa limpeza de
espaço, e a repetição de espaços grandes e a repetição de arcos, arcadas, que
na realidade são elementos geométricos do redondo e do quadrado que remetem ao
encontro do céu com a Terra, e quando se passa pelos arcos, a visão já cria um
circulo e esse circulo simboliza a plenitude. E psicologicamente isso já fala
por si para todos os seres universalmente, não é uma coisa de uma certa época
apenas, mas uma coisa que no cristianismo se universalizou porque tem elementos
que são próprios do ser humano. O piso do Santuário, nas cores marrom e bege,
simbolizam as águas da mãe Aparecida nos trazendo Jesus, no lado religioso, a
água simboliza a ação do Espirito Santo em nossa vida. Então através do
Espírito Santo, que através de Maria, todos nós somos conduzidos a Jesus.
No
primeiro projeto arquitetônico do Santuário, ele teria o formato de Cruz Grega,
só que devida a extensão de 16 metros da Arcada Sul, ela transformou-se na Cruz
Latina, que é exatamente a Cruz que esta no altar, que significa o Sacrifício
de Jesus por todos nós. Todo Santuário é construído com tijolinhos, pois o
tijolo é uma referência que todos viemos do barro de Deus e para lá voltaremos
e também diz uma referência à pequena imagem de Nossa Senhora que é feita de
terracota, que é argila cozida em forno.
Localizado
na entrada principal, trabalhado no chão, Claudio Pastro criou um Brasão, dando
as boas vindas do Santuário Nacional. Todos os detalhes da arquitetura e
acabamento da Basílica foram elaborados dentro da liturgia católica. Claudio
Pastro também usou em seu trabalho no Santuário Nacional citações das terras
brasileiras, valorizando o que é do Brasil. No piso foi um grande trabalho,
usado como elementos decorativos, tanto nas paredes como nos pisos, Claudio
Pastro usou elementos da tradição brasileira, como indígena, escravocrata negra,
sem perder nunca o caráter universal do espaço sagrado. Claudio Pastro também
escolheu os azulejos se baseando que o Brasil por ser um país tropical as
pinturas se degeneraria facilmente devido a grande umidade. A escolha do
azulejo foi feita também pensando tradição ibérica, pois na tradição da América
Latina, portuguesa e espanhola, nós recebemos deles o azulejo. A simbologia
usada na Basílica é a judaico-cristã, o peixe é fundamental, aliás, o peixe é
fundamental não só no judaísmo, no cristianismo e agora também providencialmente
na Basílica, porque a Virgem aparece dentro de uma rede de pesca envolta por
muitos peixes. Então existe um casamento providencial, misterioso em tudo isso.
Depois, há outros símbolos: a árvore, a árvore da vida, a montanha, os próprios
anjos, o pavão e os pássaros em geral, etc. Depois tem a linguagem simbólica
também que é própria da linguagem universal do ser humano que são as formas
geométricas.
Muitas
coisas na Basílica não foram programas, mas Deus fez com que tudo se encaixasse
perfeitamente. Diante dessa grandiosidade do Santuário Nacional e da fé, o
Santuário recebe milhões de devotos ao ano e todos tem a oportunidade de
apreciar esta maravilhosa obra de arte, além da sua bela arquitetura, que une o
ser humano a Deus.
Pra
mim, participar desta visita, foi uma honra. Tive a oportunidade de conhecer
mais de perto a Casa da Mãe Aparecida e todos os seus detalhes. A Basílica de
Nossa Senhora Aparecida esta preparada para receber todas as pessoas que a
procuram seja para agradecer ou para pedir por alguma graça. Por isso, a cada
ano que passa, o número de devotos aumenta, fazendo com que o Santuário
Nacional se torne o mais importante ponto turístico religioso do Brasil.
Hotel Rainha do
Brasil
Logo
após a visita realizada no Santuário, fizemos um city tour pelo Centro de Apoio
ao Romeiro, Centro de Eventos e o Presépio. Em seguida seguimos para o Hotel
Rainha do Brasil, que é uma extensão do Santuário Nacional de Aparecida,
localizado nos jardins da Cidade do Romeiro, em uma área de 180 mil m².
São
330 apartamentos padronizados divididos nas categorias single, double e triplo,com
capacidade para acomodar até 1.032 pessoas, com opções de conjugados, acomodações
adaptadas para portadores de necessidades especiais, divididos em 15
pavimentos. Oferece serviços de ar condicionado, frigobar, tv a cabo e cofre. O
Hotel Rainha do Brasil ainda possui espaços especiais para atividades
religiosas, congressos, reuniões e lazer. Além disso, os hospedes ainda podem usufruir
de um belíssimo banho de piscina, hidromassagem, sauna, academia e salão de
jogos que ficam localizados na cobertura do Hotel.
O
Hotel é de fácil acesso, possui uma ampla área verde com lago, parque
arborizado e um amplo estacionamento.
Quem
nos conduziu durante a visita ao Hotel Rainha do Vale, foi a recepcionista
Andreza, que nos mostrou todo o Hotel e nos explicou seu funcionamento. Só não
tivemos a oportunidade de conhecer o trabalho de sustentabilidade do Hotel.
O
Hotel possui dois restaurantes, o Restaurante D’Agape e o Restaurante Gaudium.
Conhecemos a cozinha de um dos restaurantes, onde almoçamos. O cardápio oferece
grande variedade de saladas, pratos quentes e sobremesas.
Passeio de Barca –
Rio Santo
O passeio de barca pelo Rio Paraíba foi
realizado logo depois que saímos do Hotel Rainha do Brasil. Teve duração de
aproximada 30 minutos e durante todo o trajeto o monitor nos explicou como foi
encontrada a pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida e o local onde esta
imagem foi encontrada.
O
passeio de barca é muito seguro, pois na barca contém coletes salva-vidas para
todos que fizerem o passeio.
Ter
esta oportunidade de realizar o passeio de barca e conhecer o local onde foi encontrada a imagem
de Nossa Senhora Aparecida, para mim foi de grande importância, pois esse
conhecimento será de grande valor quando eu estiver executando meu trabalho,
afinal, foi ali onde começou toda história de Nossa Senhora Aparecida e da
Cidade de Aparecida que é muito importante para o Catolicismo e para o Turismo
Religioso.
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